História
A
descoberta das propriedades medicinais da urtiga remonta à Antiguidade e, desde
então, grandes estudiosos do universo das plantas, como Plínio, o Velho, Dioscórides ou Santa
Hildegarda, deixaram-nos importantes informações sobre os usos, virtudes e
benefícios desta espécie magnífica, de cuja confraria me orgulho de ser membro.
O seu nome, segundo se crê, ter-lhe-á sido dado pelo próprio Plínio e deriva do
verbo latino urere, que significa
«queimar».
Além
das suas potencialidades terapêuticas, a Urtica
teve sempre diversas aplicações práticas. Quando invadiram o Norte da Europa,
os soldados romanos, por exemplo, fustigavam-se com a planta para assim
estimular a circulação e manter o corpo aquecido. Mais tarde, na Polónia, entre
os séculos XII e XVIII, confecionava-se vestuário a partir das urtigas, que
viriam a ser substituídas pela seda. Na Escócia, eram os lençóis e as toalhas
de mesa que se fabricavam com a fibra da Urtica,
considerada altamente resistente. E, durante a Primeira Guerra Mundial, essa mesma fibra foi usada para fazer fardas militares.
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